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Superada a fase do início da faculdade, passam-se os semestres e o estudante de direito, que já não é mais calouro fica perguntando se tem alguma oportunidade diferente durante a graduação.
Neste artigo de hoje separei as algumas oportunidades acadêmicas que você, calouro(a) de direito, deve estar atento(a).
Assim, farei uma descrição de cada uma delas e você escolhe a que melhor se adaptar a você.
Desse modo, o objetivo é que você tenha ciência que essas oportunidades existem.
No entanto, devido a uma grande demanda por profissionais com algum diferencial, acredito que vale a pena dar uma atenção melhor.
Além disso, essas são oportunidades que a esmagadora maioria deixa de lado quando está na graduação.
Na verdade, muitos nem sabem que existe isso, ou acha que é só em outros cursos.
Já outros, quando tomam ciência já é tarde demais.
Fique atento, pois alguma delas pode te ajudar bastante no seu futuro, como profissional.
Índice de Conteúdo
Iniciação científica
Tem como objetivo fornecer todas as ferramentas para que você saiba como fazer uma pesquisa em nível acadêmico.
Com isso, o estudante de direito que tiver vontade de iniciar no meio acadêmico, já pensando no mestrado e futuro doutorado, é uma boa possibilidade.
Por isso, uma das exigências do programa é que você tenha um Professor orientador com titulação de Doutor.
Assim, o objetivo é que durante a iniciação você possa evoluir bastante.
Dessa forma, irá aprender com quem já trilhou esse caminho a redigir um bom artigo ou monografia, com a técnica correta.
Ou seja, mergulhar na pesquisa científica.
Ou seja, você vai se capacitando para futuras apresentação de trabalhos em congressos, anais eventos regionais, locais ou até mesmo internacionais.
Além disso, é que quando chegar no final do curso, para apresentar o tão temido TCC, não irá sofrer nada, porque já vai fazer isso de forma natural.
Isso porque aquilo que outros estudante de direito vai fazer pela primeira vez ao final do curso, você já terá feito outras vezes no período da iniciação científica.
Inclusive, pode até usar suas pesquisas no TCC.
Com isso, você tem melhoras significativas no seu desempenho, além de melhorar na escrita, na oratória e na capacidade de analisar criticamente os fenômenos jurídicos.
Enfim, você cresce em vários aspectos.
Mas, o melhor disso, é que sempre vai estar acompanhado de seu orientador.
Por isso, não tenha medo nem vergonha de apresentar seus estudos.
Você receberá acompanhamento para isso!
Assim, já no final da iniciação, que tem uma duração anual, você terá que entregar um relatório final de pesquisa informando o resultado de seus estudos.
No entanto, a depender da instituição, elas podem exigir que esse relatório final seja apresentado através de artigo em algum evento científico.
Esses programas de iniciação científica no curso de direito, em sua maioria, oferecem bolsas de estudo.
Porém, não é muito dinheiro, mas é melhor que não ter nenhum incentivo.
Com isso, já ajuda na compra de material de pesquisa, e demais despesas para produção científica.
Assim, caso você seja um pouco mais retraído, não gosta muito de falar em público, seria uma grande oportunidade de melhorar seus pontos fracos.
Por fim, para ingresso em um projeto de iniciação, será necessário o auxílio de um Prof. Dr. (algumas instituições aceitam Mestres) e ter um projeto inicial.
Depois deve comparecer ao setor de pesquisa e extensão de sua universidade e procurar saber qual é o trâmite.
Normalmente as universidades costumam abrir prazo para apresentação de projetos (apenas faz um projeto e envia) uma vez por ano.
Faz o envio e aguarda a resposta.
Monitoria
Essa já é uma oportunidade destinada para aquele estudante de direito que tem aquela vontade de seguir a carreira de professor de direito.
Em algumas instituições o monitor (estudante de direito) também terá um orientador, que será um professor de direito da instituição.
No entanto, no meu caso, quando fiz a monitoria não teve auxílio do orientador, o que dificultou um pouco.
Ia fazendo sozinho e elaborando as aulas para tirar dúvidas dos alunos que iam a monitoria.
Assim, eu recomendo que se a instituição não disponibilizar um orientador, você busque auxílio de algum professor da área e veja se ele possa te auxiliar.
Diferente da iniciação científica, a monitoria tem período mais reduzido, sendo semestral, tempo da matéria mesmo.
Com isso, você aprenderá como chegar até a docência superior.
Esse programa inclui:
- Aulas expositivas de reforço;
- Elaboração de provas e simulados;
- Correção de notas;
- Divisão de assuntos;
- Elaboração de ementas;
- entre outros.
Em alguns casos, esse programa de monitoria pode oferecer bolsa de estudo.
Vale lembrar aqui que nem todo programa de monitoria é igual.
Desse modo, você pode sair dominando todos esses procedimentos.
No entanto, há quem saia da monitoria sem nunca ter elaborado um plano de aula.
Por isso, digo para estar sempre junto do orientador, caso contrário, não terá valido de nada essa experiência.
Assim o melhor é sempre demonstrar interesse em tudo que você fizer.
Ou seja, busque tentar fazer a diferença, extraia o máximo possível dessa oportunidade.
Com isso, o resultado proveitoso ou não dessa experiência vai depender muito do interesse e proatividade do estudante de direito.
Falando sobre o ingresso no programa de monitoria, vai ocorrer uma variação bem grande, a depender de como cada instituição faz.
No entanto, a maioria exige prova para verificar sua aptidão na disciplina e devem ser feitas todo semestre.
Isso porque eles têm que reportar ao MEC e tem avaliação institucional.
Porém, outras instituições não exigem prova.
Não sei como fazem para justificar no currículo do aluno.
Além disso, é somente uma vaga de monitor por matéria e costumam exigir uma nota mínima na matéria.
Obviamente, para tentar um programa de monitoria, você já deverá ter cursado a disciplina desejada.
Portanto, quem quer participar desse programa e de outros também, é muito importante que não relaxem com as provas.
Isso porque mais adiante sua nota não tão boa em uma disciplina pode significar a impossibilidade de aproveitar uma grande oportunidade, mesmo que a nota não reflita a realidade.
Pois você pode ser muito bom na matéria e no dia da prova não ter se saído tão bem por inúmeros fatores, mas essa é a realidade.
Assim, caso tenha gostado de alguma matéria e já pense no futuro lecionar essa disciplina, converse com o coordenador do seu curso de direito sobre a possibilidade de monitoria.
Intercâmbio
Esse, sem dúvida, é o mais interessante.
Pode te abrir diversas portas que você nem imagina.
Isso porque a depender do curso que você opte ou da Universidade, pode haver uma conexão e ao terminar a faculdade pode até iniciar um mestrado e progredir para um doutorado no exterior.
Assim, o intercâmbio é uma experiência na qual você irá conhecer outra cultura, dentro do aspecto jurídico, ou seja, você vai cursar um semestre ou dois no exterior aprendendo direito.
O departamento de Direito da sua Universidade possui a possibilidade de intercâmbio, que não necessariamente está ligada a programas de governo.
Muitas empresas privadas oferecem esse programa em parceria com as Universidades.
Por exemplo, o Banco Santander tem um programa desse que concede bolsa a diversas faculdades para fazerem um processo seletivo e enviarem seus alunos.
Outra instituição que oferece bolsas também é a Fundação Estudar, criada pelo Jorge Paulo Lemann.
Esse patrocínio pode ser feito através de instituições filantrópicas internacionais, empresas privadas e até mesmo a própria instituição de ensino.
Assim a duração dos programas de intercâmbio costuma variar bastante conforme o cronograma de sua universidade.
No entanto, geralmente a duração fica entre 06 meses até um ano.
Com isso, o processo seletivo geralmente é feito através do CR (Coeficiente de Rendimento), ou seja, é média geral ponderada, a média de todas as suas notas na faculdade.
Assim, os alunos com as melhores médias gerais são selecionados em ordem decrescente dentro do número de vagas.
Outra exigência é a comprovação de proficiência no idioma do País desejado (inglês, espanhol, francês…).
Vendo essa possível dificuldade, é bem amplo o leque de vagas de intercâmbio para Países de língua portuguesa, como por exemplo, Portugal.
Universidades que possuem departamento de relações internacionais costumam oferecer intercâmbio para o curso de Direito.
Por isso, para saber mais sobre essa possibilidade, veja na sua Universidade sobre como isso funciona.
Conclusão
Essas foram às 3 oportunidades mais interessantes para estudantes de direito durante a graduação.
Como visto, é importante que você se dedique ao máximo a cada semestre.
Porque existem boas oportunidades que poderão ser alavancas para sua carreira no futuro profissional, mas dependem de você.
Por isso, vale a pena estudar e tirar boas notas, não só para ficar bonito, mas porque sua nota pode ser determinante para você.
Isso porque pode ser sua aprovação em um processo seletivo para ir estudar direito em outro país com uma bolsa de estudo.
Ou seja, o critério de seleção é a meritocracia.
Ganha mais que tem um maior desempenho individual, quem se dedicou mais no seu propósito.
Caso tenham alguma dificuldade em estudar, talvez por não saber como fazer um plano de estudo, veja esse artigo aqui.
Esse foi o método desenvolvido pelo professor William Douglas, o Guru dos Concursos.
Foi feito para concursos públicos, mas vale para qualquer coisa.
Caso não soubesse e tenha gostado dessas oportunidades ou se já tiver aproveitado alguma delas, deixe um comentário abaixo.
Compartilhe sua experiência.
Grande abraço.
Até a próxima.
P.S.: Deixe seu e-mail aqui nessa caixa que envio o próximo artigo que publicar e outros materiais para você, inclusive resumos.
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